domingo, 23 de outubro de 2011

Meu Deus. Um grande elogio do supervisor escolar de Staten Island. Devo dançar pelo corredor ou abrir os braços e sair voando? Será que o mundo vai protestar se eu cantar?

Eu canto. No dia seguinte, digo à turma que conheço uma música de que ele vão gostar, com uma letra que era para dar um nó na língua. Cantamos verso após verso e eles riram enquanto tentavam desembaraçar a língua do rolo de palavras e não era bacana ver aquele professor ali cantando? Puxa, a escola devia ser assim todo dia, a gente escrevendo bilhetes de desculpa e os professores começando a cantar de repente sem nenhum motivo.

O motivo era que me dei conta de que na História da Humanidade havia material suficiente para escrever milhões de bilhetes de desculpa. Mais cedo ou mais tarde, todo mundo precisa de uma desculpa. E também se a gente cantou hoje podia cantar amanhã e por que não? Não é preciso uma desculpa para cantar.



fragmento do livro "Ei, professor". Frank Mc Court.

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