sábado, 28 de novembro de 2009

NOVEMBER RAIN

Ontem, no Odeon, conheci um instrumento musical incrível, uma obra de arte. Todo esculpido à mão em madeira castanho-avermelhada, maior que o homem que tocava suas quatro cordas com cuidado, impunha respeito e admiração pelo tamanho, pela beleza e pelo som que saia do seu interior imenso: um baixo acústico gigante, que junto ao piano (do Maurinho) e a outro baixo "normal", faziam um som muito original; meio primitivo, porém doce, delicado.
Pena, a nenhuma delicadeza da gente estúpida, que não sabe parar para sentir a música linda - quase rara e inusitada, ali, feito um presente - com sua conversa aos berros, seu descaso.
Gostaria de ter ficado, como sempre, bem perto dos músicos. Eu, a Ana Clara, o Fernando. Gostaria também, de ao sair, ter passado de leve a mão nas curvas do gigante: me arrepiaria inteira. Ana riria, certamente.

Um comentário:

Ana Clara disse...

Maira, que lindo!!! Nossos finais de noite de sexta têm sido de muita leveza em contraste com o peso da vida fora desse lugar pequeno, abafado, enfumaçado... mas de alma gigante e instrumentos (e ágeis dedos) incríveis.