terça-feira, 24 de agosto de 2010

Para N. G.

Tua casinha branca, teu tranqüilo jardim abandonarei.
Minha vida passará a ser solitária e radiosa.

Mas a ti, a ti eu celebrarei em meus versos,
como mulher alguma jamais fez.
Tu, querido, relembrarás a tua amada
no paraíso que criaste para os olhos dela.
Enquanto isso, eu comercio estes tesouros:
teu amor, tua ternura, vou vendê-los.


1923, Tsárskoie Seló

Anna Akhmátova

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