e eu, a cada dia mais submissa.
Mas teu amor, ó meu amor tirano,
é uma provação a ferro e fogo.
Tu me proíbes de rir e de cantar,
de rezar já me proibiste há muito tempo.
Desde que a nos separar nós não cheguemos,
pouco te importa o que me aconteça!
Assim, estrangeira ao céu e à terra,
eu vivo e já não canto mais.
É como se afastasses minha alma peregrina
tanto do inferno quanto do céu.
ANNA AKHMÁTOVA
(Dezembro de 1917)
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