terça-feira, 23 de novembro de 2010

Brecha

Ás vezes a tarde arrebata
sob picos de frágil crença
meus sonhos, tal qual acrobata,
e meu cérebro só pensa

Fica pesado, torna-se grosseiro
sem humor, lógico e triste,
não quer ser mais marinheiro
e só acredita no que existe

Meu cérebro lógico não tem encantos
Nuvens são nuvens e a rosa é só rosa
Espalha-se por todos os meus cantos
Uma forma fria, rígida e nebulosa

Mas é à noite, enquanto durmo,
embora o racional sempre o persiga,
que um sonho abre o meu futuro
E é só desse modo que vivo na vida.


Jorge Fröes

(com a permissão do autor, eis o poema!)

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