sexta-feira, 28 de novembro de 2008

JUSTIFICATIVA

Volto correndo - intrigando alguns, para o ônibus do qual havia saído.
"É o boné, senhora?", me indaga uma mulher.
"Sim", respondi afoita.
(A mulher aponta em direção à roleta.)
Ao cobrador, digo: "O boné!". Ele me entrega - todo amarfanhado! - e eu tomo nas duas mãos o pequeno objeto.
"Era de estimação", justifiquei.
(Ganhei de uma filha: cinza de um lado, onça pintada do outro, o boné de pano.)
Me sentindo já com o dia ganho, entro, enfim, no trem. O trabalho me espera, à hora marcada.

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